Ricardo Mota|06/09/2023 13:30
atualizado 06/09/2023 21:02

A decisão do ministro Dias Toffoli, anulando as denúncias da Odebrecht, em delação premiada, que foram decisivas para a prisão do presidente Lula, chega com mais de dois anos de atraso (no caso do magistrado) e, mais do que isso, como uma manifestação de remorso oportuno.
Lembrando que Toffoli, que não é considerado exatamente brilhante entre seus pares, proibiu que o petista fosse ao velório do irmão (Vavá), em janeiro de 2019.
Foi um ato de grande crueldade, que ainda tentou remendar, na sequência, com a permissão tardia para que o presidente fosse a São Paulo se encontrar com os familiares enlutados.
Uma decisão desumana e injustificada.
Quanto a sua ação de agora, já era mais do que esperada porque replica outras decisões sobre a Lava-Jato de Moro e Dallagnol.
Por mais que ele acentue que a prisão de lula foi armação e “até poder-se-ia chamar de um dos maiores erros judiciários da história do país”, a forma como ele tratou o episódio da morte de Vavá apenas mostra que a hermenêutica toffólica só encontra generosidade para quem está no poder.